Tudo mudou no outono de 1939, quando a Grã-Bretanha entrou na II Guerra Mundial. De repente, a gasolina tornou-se um produto racionado e a BP, Shell e outras marcas à venda no Reino Unido juntaram-se numa só marca genérica, “Pool”. A nacionalidade superou a viabilidade comercial e o crescimento da BP no continente parou bruscamente.
Winston Churchill, uma vez mais, pediu à Anglo-Iranian para fazer face aos esforços associados a uma guerra, desta vez para pedir que dessem tudo o que tinham. Os empregados colocaram a sua experiência ao serviço de iniciativas inovadoras. Por exemplo, queimavam petróleo nas margens das pistas de aterragem para acalmar o nevoeiro e permitir a descolagem e aterragem dos aviões.
As forças armadas britânicas usaram combustíveis e lubrificantes da Castrol, que fazia parte do património da BP.
A aviação assumiu um papel relevante durante a II Guerra Mundial. Os aviões americanos utilizavam combustíveis para aviação de duas empresas que pertenciam ao património BP: Amoco e Sohio, entre outras. A força aérea britânica optou pela Anglo-Iranian, que tinha acabado de encontrar uma maneira de melhorar a eficiência dos seus combustíveis. Contudo, a quantidade de combustível que necessitavam era maior do que a quantidade que a refinaria de Abadan podia fornecer. Para além disso, três navios carregados foram afundados. O mar alto era perigoso. Durante a guerra, 44 petroleiros da empresa afundaram, matando 657 pessoas e mantendo 260 como prisioneiros de guerra.
Preocupado com os riscos que implicava o transporte de petróleo do Irão até à Grã-Bretanha, o governo britânico pediu à Anglo-Iranian que encontrasse mais petróleo em solo britânico, onde anteriormente já tinha sido descoberto. A empresa viu-se obrigada a aumentar a sua produção no campo de Nottingham, em Inglaterra. As quantidades mantinham-se relativamente pequenas, mas grandes o suficiente para ajudar o país a sobreviver – mantendo-se como um dos segredos mais bem guardados da II Guerra Mundial.